terça-feira, 3 de agosto de 2010

Anotações perdidas

Pois é, não consigo encontrar.

é isso, uma dica que um amigo me deu era de sempre que viesse uma idéia daquelas super ultra foda e não tivesse tempo te postar, que anotasse em algum canto pra lembrar depois. até ai tudo bem, tinha anotado uma pá de coisas pra me lembrar depois. eis que eu perdi, sim, perdi, troféu joinha pra mim.

-ah, mas se lembro que esqueceu, quer dizer que pode lembrar denovo.
não, não funciona assim comigo, aqui é tipo memória de pc sabe, apago perde tudo. é triste mas é a verdade.
quem sabe um hora dessa eu não acabe tendo outras ideias e essas eu não perca por ai.

E se tomássemos o seu lugar?

Então é assim, eu sou um pedestre, vivo andando pra lá e pra cá com os pés que Deus me deu, será que custa eu ter uma CALÇADA para que eu possa pisar?
Por incontáveis vezes tive de dividir espaço com os automóveis na rua pois havia um __________ (insira palavrão aqui) com seu veículo estacionado bem em cima da calçada. Eu fico me perguntando se não passa pela cabeça destas criaturas que, quando estão fora do seu mundinho de pistões e óleo, também são pedestres. Será que eles também se indignam com essa situação, de certo que não, senão não fariam, ou fariam?

Foi daí que me veio essa pergunta, que da um título a esse monólogo todo, e se nós pedestres tomássemos o lugar dos carros, caminhando na rua, fazendo conversões, parando nos semáforos e tudo mais. Acho que não faríamos muito sucesso não é, pois bem, a rua foi feita para os carros transitarem, a calçada para os pedestres.
como já dizia aquela musica, "cada um no seu quadrado"(8)

domingo, 11 de julho de 2010

Esperando Godot




Estragon - Espere! Eu me pergunto se não teria sido melhor que a gente tivesse ficado sozinho, cada um por si. Nós não fomos feitos para a mesma estrada.
Vladimir - Isso nunca se sabe.
Estragon - Não, nunca se sabe nada.
Vladimir - Nós ainda podemos nos separar; se você achar melhor.
Estragon - Agora é tarde demais.
Vladimir - É, agora é tarde demais.
Estragon - Então, vamos?
Vladimir - Vamos.


Esperando Godot foi escrita pelo dramaturgo inglês Samuel Becket em 1949, sendo que suas duas personagens são dois maltrapilhos, Vladimir e Estragon. Eles passam durante todo o tempo da peça embaixo de uma árvore, esperando por esse tal Godot, que não se define bem quem ou o que realmente seria, apenas que ele ou este lhe traria a esperança de dias melhores. Mas ele não apareceu, a espera se tornara infrutífera.
Obviamente que essa peça pode adquirir contornos individuais, e cada um pode interpretá-la de forma individual. Mas a esperança, creio eu, é um valor individual. Todos nós, independente de tempo e espaço, acreditamos em um acontecimento ou pessoa que venha a modificar a nossa pequena vida, e os métodos pelos quais esse fato ocorreria são também únicos. Durante toda a história Godot adquiriu roupagem diversa. Poderia-se dizer que durante o Feudalismo ele se travestiu na promessa do servo que almejava adquirir a sua liberdade e deixar de depender do seu senhor, sem ter de lhe pagar altas taxas e se manter preso a um sistema social arcaico e de papéis sociais bem definidos. Durante a Revolução Industrial Godot apareceu para os operários como uma esperança de salários e condições de trabalho dignas, em que, se não se obtivesse riqueza, ao menos os trabalhadores ganhassem o suficiente para assegurar-lhes uma existência digna. Já durante a Revolução Russa de 1917 se acreditava que Godot (inconscientemente) apareceria com uma nação sem disparidades sociais, em que tanto o jardineiro quanto o alto empresário tivessem os mesmos reconhecimentos e igualdade perante a lei e o governo.
Enfim, o mais interessante nisso tudo é o que esperamos, sempre, durante toda a nossa vida. Sonhos, ilusões, utopias, ideologias, ou simplesmente crenças religiosas. Todas elas tem por fim nos fazer crer em algo. Dinheiro, filhos saudáveis, família feliz, êxito profissional, justiça social, o fim da guerra no Iraque, igualdade entre os sexos, aquisição da casa própria, o tapamento do buraco da rua onde moramos, o reprise na televisão daquele filme que adoramos, aquele produto top de linha na loja do shopping, enfim, nossos desejos são realmente das mais variadas naturezas e nenhum deve ser encarado com pequenez em detrimento de outros. São os sonhos também que fazem de nós ser o que somos, e são eles também que nos mantém, em certo grau, a continuar vivendo.
Eu também tenho o meu Godot, é claro. Quando adolescente, acreditava que poderia usar o meu pretenso talento com as palavras na transformação de uma sociedade mais igualitária, sem tantas desigualdades sociais. Obviamente queria por consequência um rendimento que me proporcionasse uma vida confortável e com acesso aos produtos que almejo ou mesmo necessito. Mas o tempo passa, e muitas vezes a vida nos encaminha por vertentes diferentes daquela que nos moveu anteriormente. Hoje posso dizer que meus sonhos de juventude não se realizarão daquela forma, mas Godot não me desapareceu por completo. Apenas trocou de roupa. Continuo crendo na transformação social através da palavra e dos seus desdobramentos, como popularização da arte e cultura entre os homens, o que viria a torná-los mais cientes do seu papel crítico. E é isso que me mantém, mesmo com todos os pesares. Mas não sei quais serão as minhas esperanças dentro de alguns anos. Mesmo assim, continuo esperando Godot, e, enquanto existir, continuarei colocando mais um lugar à mesa e imaginando o que dialogaremos se ele finalmente aparecer. E você, o que espera dele?






Retirei D'aqui

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Divagações part. I

Hoje pela manha, ouvindo algumas músicas, fiquei pensando em uma em especial, Father and Son, musica essa que Johnny Cash regravou, originalmente de Cat Stevens. Fiquei imaginando uma conversa entre um pai e um filho, o pai tentando explicar pro filho o quão difícil é a juventude, e se você pensar, quando se é jovem, você tem tempo e muita energia pra fazer as coisas, então você quer que elas aconteçam e acaba ficando por muitas vezes muito puto chateado quando as coisas não dão certo. Isso acaba dificultando as coisas uma vez que agente acaba não pensando muito nas consequencias e tudo mais. Já quando se esta mais velho, não se tem muito mais tempo e nem a energia para fazer as coisas acontecerem, isso deve ser deveras frustrante, e só de pensar que isso também vai acontecer comigo já me da dor de cabeça. A pergunta que fica na minha cabeça é "Como manter a calma e conseguir pensar quando aquilo que você faz não dá certo?"





 It's not time to make a change
Just relax, take it easy
You're still young, that's your fault
There's so much you have to know
Find a girl, settle down
If you want, you can marry
Look at me, I am old
But I'm happy…

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Primeiro Post

Esta é minha primeira postagem no blog -ah vá!- para as aulas de Filosofia.
.comolidar(?)